Aqueles que se opõem, alegando que esta doutrina faz de Deus o autor do pecado, devem explicar claramente o que querem dizer com essa frase: "O autor do pecado."
Eu sei que a frase, como é comumente utilizada, significa algo muito ruim. Se por "o autor do pecado" se entende o pecador, o agente, ou o protagonista do pecado, ou aquele que faz uma coisa má, assim isso seria um opróbrio e blasfêmia. Nesse sentido, eu nego completamente que Deus seja o autor do pecado; rejeitando tal imputação ao Altíssimo, como algo infinitamente abominável, e nego que tal coisa seja conseqüência do que tenho estabelecido.
Mas, se por "o autor do pecado" se entende o CRIADOR, PERMISSOR, ou um NÃO-IMPEDIDOR do pecado; e, ao mesmo tempo, uma disposição do estado dos eventos, de uma tal maneira, para sábios, santos e mais excelentes fins e propósitos, para que o pecado, se decretado, permitido ou não impedido, muito certamente e infalivelmente aconteça, eu digo: DEUS É O AUTOR DO PECADO. Se isso é tudo o que se entende por ser o autor do pecado, eu não nego que Deus seja o autor do pecado (embora eu não goste e rejeite a frase, pois pelo uso e costume é capaz de carregar um outro sentido).
Sendo assim, não é vergonha para o Altíssimo ser o autor do pecado, não sendo Ele o protagonista do pecado, que é contrário à santidade. O que Deus faz sobre isso é santo e é um exercício glorioso da excelência infinita de sua natureza.
- Jonathan Edwards
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