A resposta de Armínio ao artigo: "Cristo morreu por todos os homens" Por Clóvis Gonsalves



Na sua resposta a artigos difamatórios, Armínio responde ao um que lhe é atribuído: "Cristo morreu por todos os homens, e por cada indivíduo".


Sua resposta começa com uma negativa, a de que nunca fez tal afirmação, "quer em público, quer em particular, exceto quando a acompanhei de uma explicação", qual seja, a de que se por ela se pretende dizer que “o preço da morte de Cristo foi pago por todos e por cada um” ele concorda, mas se a ideia é a de que “a redenção que foi obtida por aquele preço é aplicada e transmitida a todos os homens e a cada um”, então ela a desaprova inteiramente.


Em seguida ele diz que se alguém discordar da primeira afirmação, que dê um jeito de responder às passagens (1Jo 2:2; Jo 1:29; Jo 7:51; Rm 14:15 e 2Pe 2:1,3) que "declaram que Cristo morreu por todos os homens". Segundo ele, tudo é uma questão de interpretação, de falar usando os termos que a Bíblia usa. De minha parte, eu acredito que há boas explicações para essas passagens, sem implicar a chamada expiação ilimitada. Mas por ora vamos focar na resposta Armínio.


Primeiro, como faz em grande parte dos artigos, Armínio procura se esquivar, negando ter declarado isso a seco, embora seja exatamente isso que defenda. Dada a sua concordância com ele, ressalvada a explicação dada, o mesmo nem mesmo pode ser chamado de difamatório. 


Em seguida, ele também se esquiva ao assumir uma das duas posições e pedir que os que discordam dela que se virem com as passagens que parecem apoiá-la, ao invés de mostrar, pelas Escrituras, como a primeira posição não implica a segunda. Ele diz que “o preço da morte de Cristo foi pago por todos e por cada um” e que por esse preço pago e recebido se obtém a redenção, mas mesmo assim, "somente os fiéis participariam dessa redenção". Ou seja, a morte de Cristo não é em si eficaz, ele precisa ser tornada eficaz por um outro ato, este realizado pelo homem.


Além disso, a posição assumida é incoerente. Segundo o arminianismo, Deus previu desde a eternidade quem iria crer, ou seja, quais indivíduos seriam os fiéis que participariam dessa redenção e, por implicação, os indivíduos que não creriam. Mesmo sabendo disso, Deus designou que Seu Filho pagasse o preço da redenção daqueles que Ele sabia que não seriam redimidos de forma alguma. Tal ideia depõe contra a sabedoria divina.


Outra implicação é a de que, como Cristo pagou e o Pai recebeu o preço de redenção de quem não será salvo, pessoas cuja penalidade pelo pecado foi paga irão para o inferno. No inferno haverá pessoas por quem Cristo pagou plenamente o preço devido à salvação delas! Isso significa que para tais pessoas o sacrifício de Cristo foi em si mesmo em vão, pois nem a obra do Filho e nem a vontade do Pai juntas foram capazes de tornar o sacrifício válido para elas.


Soli Deo Gloria

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