“Ser imitador de Cristo, é ser um missionário” Por Frankle Brunno




A Bíblia diz que devemos ser imitadores de Cristo, e ser imitador de Cristo é ser um missionário. A encarnação de Cristo é o ápice da ação missiológica de Deus. O principal agente missionário não é o homem e nem as instituições eclesiásticas. “A missão é a atividade de Deus no mundo. Deus é o protagonista da missão”, escreveu Justo L. González e Carlos Cardoza Orlandi [1]. O conceito teológico Missio Dei expressa bem essa verdade teológica.

Não é apenas a salvação que nasce do Senhor, mas a Sua própria missão. A missão vai ter sempre o seu início naquele que é o missionário por excelência, o próprio Deus. Portanto, missões é algo que deveria mexer com o coração de todo cristão. Ser missionário é muito mais que carregar um título. Um Africano certa vez disse: “Aquele que não ama missões, é possível que nunca tenha encontrado Cristo”.

Sabemos que no mundo a população já ultrapassa seis bilhões, e segundo alguns estudos, dois bilhões ainda não foram alcançados pelo Evangelho. Há aproximadamente 250 países no mundo. São cerca de seis mil línguas faladas em todo o planeta. Embora já se tenha traduzido a Bíblia para quase duas mil línguas, e esteja andamento mais ou menos esse mesmo total, 20% dos povos ainda não tiveram acesso à Palavra de Deus; e, não obstante todo o esforço empreendido em favor da evangelização, 50% da população mundial não recebeu sequer um simples folheto. Ouço muito falarem de missões, mas vejo poucos a cumprirem.

Devemos ter nossos corações inflamados por missões, se é que amamos a Deus. Em uma de suas pregações Jonh Piper disse: "Onde há paixão fraca por Deus, o zelo para Missões também estará fraco”. Devemos sempre ter por exemplos missionários como George Whitefield, que num êxtase de paixão pelos povos, assim clamava a Deus: "Se não queres dar-me almas, retira a minha!". Pessoas como John Knox, que implorava a Deus pelo seu povo: "Dá-me a Escócia ou eu moro!". Pessoas como John Mackenzie, que numa ardente prova de amor pelas almas, assim implorava aos céus: "Ó Senhor, manda-me para o lugar mais escuro da terra!". Pessoas como Henrique Martin, que ajoelhado numa praia da Índia, desta forma se expressava: "Aqui quero ser inteiramente gasto por Deus". 


Sabemos muito bem o que é missões, agora está no momento de vivê-la. O Deus missionário que aparece de Gênesis a Apocalipse em nossas Bíblias, é sempre aquele que vem até nós, nos transforma pelo seu poder restaurador e por fim nos envia. Não dá pra fugir desta dinâmica. Envolver-se com o Deus da Bíblia significa estar sujeito e disposto ao envio missionário. “Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito” (Ex 3. 10). Biblicamente e teologicamente, não dá pra envolver-se com aquele que é o Grande Missionário e não ser influenciado ou impactado pelo amor à missão.

Não há momento certo para se fazer missões, fazer missões e estar na dependência do poder de Deus, se você está cheio do Espírito Santo, você estará envolvido com missões. Faça a seguinte pergunta a si mesmo: “Se não eu, quem? Se não agora, quando? Se não aqui, onde?”. O mundo está mais preparado para receber a mensagem do que nós de pronunciá-la. Aquele que não leva a mensagem da cruz é porque não a entendeu. Não faça missões, cumpra a missão.







[1] GONZÁLEZ, Justo L. e ORLANDI, Carlos Cardoza. História do Movimento Missionário. 1 ed. São Paulo: Editora Hagnos, 2008. p 23.

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