"Pentecostal e Presbiteriano Reformado" Por Arival Dias Casimiro



Todo cristão que vive entre o Pentecostes e a Segunda Vinda de Cristo pode ser considerado pentecostal. Foi no Pentecostes, que o Espírito Santo foi derramado sobre a igreja, de forma permanente e única. A era do Espírito ou Pentecostal foi inaugurada quando Jesus enviou o Espírito a terra. Um padrão bíblico e teológico foi inaugurado: todo cristão regenerado recebe a pessoa do Espírito no ato da sua conversão ou regeneração. Pedro, o maior de todos os pentecostais da história da igreja, declara: “Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2.38). Dois presentes ao novo convertido: o perdão de seus pecados e o dom ou a pessoa do Espírito Santo. Observe que esse grupo de quase três mil não falou em línguas. Veja também que esse recebimento do Espírito, na conversão, é chamado também de batismo (At 11.16-17). Paulo também ensina isso: “Em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa” (Ef 1.13). O Espírito que regenera passa a habitar no crente, e ai começa o processo de santificação. “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2Co 3.18). Nesse processo, o crente é ordenado a ser cheio do poder do Espírito: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Diante desses ensinos bíblicos, afirmamos que é impossível um cristão não ser pentecostal.Todo cristão também pode ser chamado de Presbiteriano (Reformado). Pedro, o maior pentecostal de toda a história, declara: “Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda coparticipante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós” (1Pe 5.1-2). Pedro se diz “presbítero” e se dirige aos “presbíteros” que existiam nas igrejas locais, que pastoreassem as ovelhas de Deus “que há entre vós”. Observe: não “sob” e não “acima”, mas “entre”. Pedro era presbiteriano não no sentido histórico (presbiterianismo que nasceu na Escócia), mas na forma bíblica do governo conciliar ou de colegiado de presbíteros. Exemplo claro disso aconteceu com a controvérsia da circuncisão ou não dos gentios convertidos, houve um concilio em Jerusalém para tratar do assunto: “Então, se reuniram os apóstolos e os presbíteros para examinar a questão. Havendo grande debate, Pedro tomou a palavra e lhes disse: Irmãos, vós sabeis que, desde há muito, Deus me escolheu dentre vós para que, por meu intermédio, ouvissem os gentios a palavra do evangelho e cressem. Ora, Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, concedendo o Espírito Santo a eles, como também a nós nos concedera. E não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração” (At 15.6-9). O concilio discutiu e votou a matéria: “Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde” (At 15.28-29). Também, Pedro pode ser considerado um presbiteriano por aquilo que ele cria e ensinava. Em sua Primeira Carta podemos identificar o pensamento reformado de Pedro: Ele cria na doutrina da eleição e na salvação como uma obra soberana da Trindade (1.1-2); cria na regeneração feita por Deus, mediante o sacrifício de Jesus, para uma herança incorruptível, a vida eterna (1.3-4); cria que somos guardados pelo poder de Deus e não podemos perder a nossa salvação (1.5); cria que as provações e os sofrimentos são necessários para aperfeiçoar a fé do crente (1.6-9); cria que sofrer por Cristo é um privilégio glorioso (4.12-19); cria que todo regenerado deve viver em santidade (1.13-21); cria que a expiação de Cristo é a base da regeneração e da santificação (1.18-20; 2.21-15); cria que a Palavra de Deus é a semente que produz a regeneração e o leite que gera crescimento espiritual (1.22-2.3); cria que o culto na Nova Aliança é feito para agradar a Deus, pela mediação de Jesus Cristo e com sacrifícios espirituais (2.4-5); cria na doutrina do sacerdócio universal dos crentes (2.5); cria que a igreja do Novo e do Velho Testamento são uma só. O povo de Deus é um (2.9-10); cria que o cristão deve ser exemplo em casa, na sociedade e na igreja (2.18-4.6); cria que todo crente é um mordomo de Deus, que recebeu dons espirituais para servir e amar uns aos outros na igreja (4.6-10); cria que há dois tipos de dons espirituais: da fala e do serviço – e esses são regulados pela Palavra de Deus e exercitados para a glória de Deus (4.11); e cria que a humildade deve ser a marca fundamental do cristão (5.5-7). Na Segunda Carta de Pedro ele indica que cria que a fé é preciosa e igual para todos os crentes (1.1); cria que todo crente deve crescer espiritualmente para confirmar a sua eleição e chamado (1.3-11); cria na inspiração plenária-verbal da Bíblia (1.20-21); cria que os falsos mestres sempre perturbam a igreja com os seus ensinos e práticas, mas eles são punidos pelo Senhor (cap. 2); e cria na Segunda Vinda de Cristo e no juízo final (cap. 3).


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