"A seita dos mórmon" por Vera M. S. Mattos


O movimento mórmon ou mormonismo também é de origem norte-americana. Os mórmons são conhecidos também como "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias". No decorrer deste estudo, faremos uma sinopse doutrinária do mormonismo, que ensina intoleráveis doutrinas completamente alienadas da Palavra de Deus, e uma análise dessas doutrinas, estudando-as à luz da revelação de Deus contida na Bíblia.

1) Resumo Histórico do Mormonismo:

As sementes daquela que seria, mais tarde, "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias" germinaram na mente de Joseph Smith Júnior, que nasceu na cidade de Sharon, no condado de Windsor, no Estado de Vermont, Estados Unidos da América do Norte, no dia 23 de dezembro de 1805, sendo o 5º filho de Joseph Smith e Lucy Mack Smith. Portanto, a história do mormonismo tem início com a pessoa de Joseph Smith Jr.
Filho de pais presbiterianos, J. Smith Jr. teve uma infância perturbada, o que contribuiu para que, cedo na vida, ele se desiludisse com as igrejas que tinha conhecido. Smith Jr. tinha, mais ou menos, 10 anos de idade, quando, com os seus pais, mudou-se para a cidade de Palmyra, no condado de Ontário (hoje, condado de Wayne), no Estado de Nova York. Quatro anos mais tarde, mudou-se novamente, dessa vez para a cidade de Manchester, também no condado de Ontário.
Segundo Joseph Smith Jr., "O chamado de J. Smith Jr. teve início no ano de 1820, quando, com a idade de 14 anos, ele recebeu uma visão maravilhosa, na qual", segundo ele, "Deus, o Pai, e Deus, o Filho (Jesus Cristo), materializaram-Se, apareceram-lhe e conversaram com ele, num momento em que orava, em um bosque perto de sua casa, perguntando a Deus a qual igreja deveria se filiar e unir.".
"Nessa sua primeira visão, Deus Pai e Deus Filho expressaram uma opinião bem negativa a respeito da Igreja cristã e, por extensão, do mundo inteiro, denunciando a falsidade de todas as igrejas, com as seguintes palavras: 'Eles se chegam a mim com os seus lábios, mas seus corações estão longe de mim; eles ensinam mandamentos dos homens como doutrina, tendo aparência de santidade, mas negando o meu poder'.".
"O Pai e o Filho falaram a Joseph Smith Júnior que não se filiasse a nenhuma das igrejas existentes, pois todas ensinavam doutrinas incorretas. Também lhe anunciaram que era preciso proceder-se à restauração do verdadeiro cristianismo e que ele, Joseph Smith Jr., tinha sido escolhido para dar início à nova dispensação e estava sendo comissionado para restaurar a Igreja cristã, que tinha sido destruída.".
Portanto, em 1820, J. Smith Jr. teve uma "visão celestial", pela qual ele foi escolhido como "profeta ungido" do Senhor para a atual dispensação. Porém, "foi só em 21 de setembro de 1823, quase 3 anos após ter recebido a primeira visão, que um mensageiro celestial – o anjo Morôni – apareceu-lhe, ao lado de sua cama, por 3 vezes, convocando-o para uma missão e provocando nele um forte temor".
"Nessas 3 visões, Morôni, filho glorificado de um profeta chamado Mórmon, falou-lhe de fabulosas placas de ouro nas quais estava gravada a história do seu povo. Quando estavam a ponto de serem exterminados por seus inimigos, Morôni tinha enterrado essas placas ao pé de um monte próximo à cidade de Palmyra, onde Smith Jr. tinha morado.".
"Morôni indicou a J. Smith Jr. o lugar onde estavam escondidas as placas e também duas pedras em aros de prata chamadas 'Urim e Tumim' e presas a um peitoral, com as quais Joseph Smith Jr. poderia decifrar e traduzir os dizeres dessas placas.".
"As visões de Joseph Smith Júnior continuaram a se suceder, até que, em 22 de setembro de 1827, após 4 anos de preparação, ele recebeu do anjo Morôni as placas de ouro, escritas em um idioma primitivo, as quais ele tinha desenterrado, sob orientação de Deus, no monte Cumora, perto de Palmyra.".
"Pouco depois de receber as placas, Joseph Smith Jr. – instruído por Morôni a começar a tradução dos registros –, pôs-se, sentado atrás de uma cortina, a decifrar, sob orientação de Deus, os hieróglifos nelas inscritos em egípcio reformado, ditando a tradução para o inglês a um amigo. Para isso, ele se utilizou do 'Urim e Tumim', que Morôni também lhe tinha fornecido.".
"Na época em que Joseph Smith Júnior estava fazendo a tradução das placas, certo professor, um mestre-escola itinerante de nome Oliver Cowdery, fez-lhe uma visita, na casa do sogro, na cidade de Harmony, no Estado da Pensilvânia, onde ele estava morando, havia alguns meses, acolhido que fora pelos pais de sua esposa. Ali O. Cowdery converteu-se à religião de Joseph Smith Jr. e, pouco depois, tornou-se um dos escribas que redigiram o conteúdo das placas. Com o passar do tempo, os dois, J. Smith Jr. e Cowdery tornaram-se amigos íntimos.".
"O trabalho de tradução e zelo espiritual dos dois foram tão intensos que, em 15 de maio de 1829, os céus não puderam conter a sua alegria. Dessa forma, João Batista, em pessoa, foi enviado, à Pensilvânia, por ordem de Pedro, Tiago e João, os apóstolos a quem Jesus, outrora, tinha conferido a autoridade para dirigirem a Sua Igreja, para que João Batista conferisse a Smith Jr. e a O. Cowdery o sacerdócio araônico. Após esse acontecimento, J. Smith Jr. batizou Oliver Cowdery e este batizou Joseph Smith Jr. Em seguida, deixando o Estado da Pensilvânia, os dois voltaram ao Estado de Nova York, dirigindo-se para a casa de Peter Whitmer Júnior.".

2) A Fundação de "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias":
Joseph Smith Jr. e O. Cowdery permaneceram ali, até terminarem a tradução das placas de ouro e publicarem e registrarem, em 1830, uma obra literária que recebeu o nome de "O Livro de Mórmon", tendo estampado o nome de Joseph Smith Júnior, como seu ‘autor e proprietário’.
"Mais tarde, os apóstolos Pedro, Tiago e João apareceram a J. Smith Jr. e a Cowdery e lhes conferiram e ministraram o sacerdócio de Melquisedeque, que é a maior autoridade dada ao ser humano na Terra.".
"O Senhor tinha revelado a Smith Jr. que a Igreja de Jesus Cristo, nesta dispensação, deveria ser organizada no dia 6 de abril de 1830. Desse modo, J. Smith Jr., juntamente com seus irmãos carnais Hyrum Smith e Samuel H. Smith e com O. Cowdery e P. Whitmer Jr., organizaram, oficialmente, na cidade de Fayette, no Estado de Nova York, uma nova sociedade religiosa, que recebeu o nome de 'A Igreja de Cristo'. Mais tarde, esse nome foi mudado para 'Igreja dos Santos dos Últimos Dias' e, por fim, para a denominação atual, 'A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias'.
Assim, com o surgimento de "O Livro de Mórmon", Joseph Smith Jr. organizou os seus seguidores em torno de uma igreja, que, hoje, é chamada de "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias".
A igreja mórmon não entende que começou com Joseph Smith Júnior: ela entende que "começou com Cristo e aí, por causa da apostasia que ocorreu após a morte de Cristo e dos apóstolos e da influência religiosa misturada com a parte política, que criou aquela deturpação toda do período da Idade Média, um período de trevas espirituais, houve necessidade de uma restauração 'até prevista nas Escrituras'.".
"A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias" entende "que veio do cristianismo, através do próprio Cristo, e da restauração feita por Joseph Smith Jr.". Segundo ela, "uma coisa básica para se entender é que a Igreja de Cristo, quando Ele a deixou na Terra, ficou com profetas e apóstolos, os quais dirigiam a Igreja, recebiam revelação e possuíam um sacerdócio, que é a autoridade".
"Com a morte dos apóstolos, caiu o sacerdócio, caiu a revelação, caiu a Igreja de Cristo. Então, necessitava-se de um profeta que tivesse revelação para guiar a Igreja de Cristo, com a autoridade do sacerdócio: ele precisava receber o sacerdócio e J. Smith Jr. recebeu esse sacerdócio, primeiramente de João Batista e, depois, dos apóstolos Pedro, Tiago e João.".
O mormonismo começou, assim, com uma história fantasiosa.

3) Os Marcos Históricos dos Mórmons:

Os mórmons possuem 7 grandes e principais marcos históricos.
O primeiro desses marcos históricos é o nascimento de Smith Jr., em 23 de dezembro de 1805.
O segundo marco histórico deles é o início do "chamado" de J. Smith Jr., no ano de 1820.
O terceiro marco histórico é "a visita de Morôni, convocando Joseph Smith Jr. para uma missão", em 21 de setembro de 1823.
O quarto é "o recebimento por Joseph Smith Júnior, das placas de ouro que ele tinha desenterrado, sob orientação divina, no monte Cumora", em 22 de setembro de 1827.
O quinto marco histórico é "a investidura, feita por João Batista, em pessoa, de Joseph Smith Jr. e Oliver Cowdery no sacerdócio araônico", em 15 de maio de 1829.
O sexto marco histórico deles é "a investidura no sacerdócio de Melquisedeque dos mesmos J. Smith Jr. e O. Cowdery, feita pelos apóstolos Pedro, Tiago e João".
E o sétimo marco histórico é "a restauração da Igreja de Cristo, nesta dispensação", em 6 de abril de 1830.
Logo após a formação oficial de sua igreja, os mórmons começaram as suas atividades missionárias, inicialmente no território norte-americano. Por todos os recantos da América do Norte, correu a notícia da nova igreja, que fez do próprio Smith Jr. o seu profeta.

4) A Literatura Básica dos Mórmons

Além da Bíblia, que os mórmons acreditam conter "parte da Palavra de Deus", eles adotam mais 4 livros como literatura básica:
a) "Doutrina e Convênios" (um livro de teologia sistemática),
b) "A Pérola de Grande Valor",
c) "História de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias", e
d) "O Livro de Mórmon", a sua obra principal.
A Bíblia utilizada por eles é a traduzida, em português, por João Ferreira de Almeida, revista e atualizada no Brasil (ARA) e impressa pela Sociedade Bíblica do Brasil. Quanto a "O Livro de Mórmon", "o Senhor o trouxe à luz, por meio de J. Smith Jr.", conforme ensinam os mórmons. "Smith Jr. também recebeu outras revelações de Deus, as quais se encontram registradas em dois volumes de Escrituras modernas: 'Doutrina e Convênios' e 'A Pérola de Grande Valor'.".
"O Livro de Mórmon", cuja primeira edição para a língua portuguesa apareceu no ano de 1938, é, ainda segundo ensinamentos dos mórmons, "uma evidência de que Joseph Smith Jr. foi chamado por Deus para ser profeta e testemunha de Jesus Cristo".
Ele é um livro que "contém os escritos dos profetas antigos que viveram nas Américas (do Norte, Central e do Sul). Estes profetas prestaram testemunho de Jesus Cristo e de Sua missão e ensinaram as verdades do Evangelho de Cristo, com grande clareza e poder".
"O Livro de Mórmon", conforme os mórmons, é "outro testamento de Jesus Cristo; é um volume de escrituras sagradas comparável à Bíblia; é um registro da comunicação de Deus com os antigos habitantes das Américas; e contém a plenitude do Evangelho eterno.".
"'O Livro de Mórmon' passou a ser uma outra testemunha de Jesus Cristo. Ele e a Bíblia andam praticamente juntos. Por mais que se tente derrubar a idéia de 'O Livro de Mórmon', na verdade um livro testifica do outro. Não se encontra nada nele que contradiga o que está na Bíblia, como também na Bíblia não se encontra o que está nele. Muita coisa veio a complicar o acesso à Bíblia; felizmente, nós temos "O Livro de Mórmon", que, até numa forma clara, escrita para os nossos dias, ajuda-nos nessa linha, nesse ponto de divisão.".
"O Livro de Mórmon" compõe-se de quinze livros, divididos em capítulos e versículos, tal como a Bíblia. Os seus livros estão dispostos da seguinte maneira:
Primeiro livro de Néfi (22 capítulos e 618 versículos);
Segundo livro de Néfi (33 capítulos e 779 versículos);
Livro de Jacó (7 capítulos e 203 versículos);
Livro de Enos (1 capítulo e 27 versículos);
Livro de Jarom (1 capítulo e 15 versículos);
Livro de Ômni (1 capítulo e 30 versículos);
As palavras de Mórmon (1 capítulo e 18 versículos);
Livro de Mosias (29 capítulos e 786 versículos);
Livro de Alma (63 capítulos e 1.943 versículos);
Livro de Helamã (16 capítulos e 487 versículos);
Terceiro livro de Néfi (30 capítulos e 765 versículos);
Quarto livro de Néfi (1 capítulo e 49 versículos);
Livro de Mórmon (9 capítulos e 227 versículos);
Livro de Éter (15 capítulos e 433 versículos); 
Livro de Morôni (10 capítulos e 163 versículos).
No seu todo, "O Livro de Mórmon" soma um total de 239 capítulos e 6.553 versículos. Nele, são citados capítulos inteiros da Bíblia. Por exemplo:
Primeiro livro de Néfi 20 é igual a Isaías 49;
Segundo livro de Néfi, capítulos 12 a 24, é igual a Isaías, capítulos 2 a 14;
Quarto livro de Néfi 12 a 14 é igual a Mateus 5 a 7;
Quarto livro de Néfi 24 é igual a Malaquias 4; e
Livro de Morôni 10 é igual a 1 Coríntios 12.
"O Livro de Mórmon" narra a história de dois povos antigos que teriam vivido no continente americano. Segundo ele, a primeira dessas duas civilizações teria partido da Torre de Babel (pelo cálculo dos mórmons, no ano 2250 a.C.), dirigido-se para a Europa e, de lá, emigrado para a costa leste da América Central.
O segundo grupo teria saído de Jerusalém, por volta do ano 600 a.C., antes da destruição da cidade e do cativeiro babilônico. De acordo com a narrativa mórmon, esse povo cruzou o Oceano Pacífico, indo desembarcar na costa oeste da América do Norte.
"O Livro de Mórmon" é uma narrativa condensada dos pontos mais importantes da história dessas civilizações. O autor do livro é um profeta-historiador chamado Mórmon. E o livro "é a tradução do relato abreviado dos registros dessas civilizações e contém um breve esboço da história do povo jaredita, a primeira civilização (na América Central), extraído de registros deles encontrados durante o período de existência da segunda civilização".
"Os jareditas foram destruídos devido à sua corrupção. Foram castigados por sua apostasia e a civilização deles foi totalmente aniquilada. O segundo grupo, que chegou à América cerca de 1.650 anos depois do primeiro, era composto de judeus justos – descendentes da vara de José (do Egito) – cujo líder era um homem chamado Néfi.".
"Eventualmente, esse grupo também teve sorte igual à dos jareditas; dividiu-se em dois grupos, que guerreavam entre si: nefitas e lamanitas. Devido às suas práticas pecaminosas, os lamanitas receberam uma maldição – a pele amorenada (os índios sul-americanos)".
Dizem os registros dos mórmons que Cristo veio à América do Norte, em 34 d. C., logo após a Sua ressurreição, revelou-Se aos nefitas, pregou o Evangelho para eles e instituiu o batismo e a ceia do Senhor.
"Infelizmente, os nefitas não conseguiram resistir aos lamanitas. Foram derrotados e dizimados por eles, numa grande batalha, travada perto do monte Cumora, em Palmyra, no Estado de Nova York, aproximadamente no ano 421 de nossa era.".
As provas de que "O Livro de Mórmon" é obra do ser humano, e não a Palavra de Deus, são muitíssimas. Dentre essas inúmeras provas, destacam-se as 10 seguintes:
1ª) é estranho que Joseph Smith Júnior não mostrasse as placas de ouro a ninguém mais, além de 11 testemunhas (Oliver Cowdery, Peter Whitmer Jr., Hyrum Smith, Samuel H. Smith, Joseph Smith Sr., Christian Whitmer, David Whitmer, Jacob Whitmer, John Whitmer, Hiram Page e Martim Harris), para que o seu testemunho fosse confirmado (e, dentre essas testemunhas, uma era o seu próprio pai, duas eram seus irmãos e cinco eram membros da família Whitmer!);
2ª) as testemunhas Cowdery, D. Whitmer e M. Harris, que são citadas, no livro "O Testemunho do Profeta Joseph Smith", como tendo visto as placas de ouro de onde Joseph Smith Júnior traduziu "O Livro de Mórmon", foram chamadas, depois, pelo próprio Joseph Smith Jr., de "ladrões e mentirosos, demasiadamente maus para serem mencionados";
3ª) todas as pesquisas históricas e arqueológicas provam que a história de que povos de origem semita ou judaica estiveram nas Américas, no período antes de Cristóvão Colombo ter descoberto a América, é uma invenção, pois não há qualquer comprovação da existência de tais povos;
4ª) nenhuma planta ou animal doméstico dos tempos e das regiões do Antigo Testamento foi encontrada nas Américas, até o período de sua colonização européia, ou seja, não havia, no Novo Mundo, arroz, aveia, cevada, trigo ou animais como camelos, cavalos, galinhas, jumentos, porcos e gado;
5ª) as descobertas arqueológicas e os estudos históricos provam que os primeiros habitantes da região indicada nesse livro eram muito diferentes da descrição que ele dá quanto aos costumes, aos nomes, ao caráter e às línguas desse suposto povo;
6ª) a opinião mais comum, entre os estudiosos do mormonismo, é que o conteúdo desse livro, em grande parte, foi tomado de um romance de Salomão Spaulding, um pastor presbiteriano aposentado que escreveu uma história fictícia dos primitivos habitantes americanos;
7ª) esse livro contém, mais ou menos, 10.000 citações diretas da versão da Bíblia inglesa do Rei Tiago, publicada no ano de 1611;
8ª) esse livro pretende ser a tradução das placas de ouro que estiveram enterradas, desde o ano 421 até 1827, contudo, ele cita, com precisão, capítulos inteiros de uma obra publicada em 1611 (isso é inconcebível!); e
9ª) esse livro põe, na boca de personagens que viveram séculos antes de Cristo, palavras que a Bíblia atribui a nosso Senhor Jesus Cristo.
10ª) nenhum povo antes de Cristóvão Colombo ter descoberto a América tinha domínio de metalurgia; como poderiam, então, os "nefitas" terem feito placas de ouro?
Os muitos erros de conteúdo de "O Livro de Mórmon" fazem dele uma obra de ser humano, e não, a Palavra de Deus.

5) O "Profeta" Joseph Smith Junior:
Como o caráter de qualquer movimento ou religião é, de certa forma, uma expressão do caráter do seu fundador, é evidente que quanto mais nós conhecermos a respeito de Smith Jr. melhor conheceremos o mormonismo. As doutrinas do mormonismo foram desenvolvidas por uma série de "revelações" de J. Smith Jr., que o transformou, através dos anos, numa forma de politeísmo, com a aceitação de muitos deuses.
J. Smith Jr. foi um profeta de Deus? Ou J. Smith Jr. foi um falso profeta? Como julgarmos um profeta? Deus mesmo nos dá a receita de como julgarmos um profeta, para sabermos se ele fala da parte do Senhor ou se ele fala de si mesmo, ou seja, se ele é um profeta verdadeiro ou um profeta falso.
Diz Deus, em Dt 18.20-22; 13.1-3a: "'Mas o profeta que ousar falar em Meu nome alguma coisa que não lhe ordenei, ou que falar em nome de outros deuses, terá que ser morto'. Mas talvez vocês perguntem a si mesmos: 'Como saberemos se uma mensagem não vem do SENHOR?'. Se o que o profeta proclamar em nome do SENHOR não acontecer nem se cumprir, essa mensagem não vem do SENHOR. Aquele profeta falou com presunção. Não tenham medo dele. ... 'Se aparecer entre vocês um profeta ou alguém que faz predições por meio de sonhos e lhes anunciar um sinal miraculoso ou um prodígio, e se o sinal ou prodígio de que ele falou acontecer, e ele disser: 'Vamos seguir outros deuses que vocês não conhecem e vamos adorá-los', não dêem ouvidos às palavras daquele profeta ou sonhador. ...".
À luz desses versículos, as maneiras de se julgar se um profeta é falso são duas:
1ª) se a palavra que ele proferir não se cumprir; e
2ª) se a palavra que ele proferir se cumprir e ele se prevalecer disso para conduzir as pessoas a se afastarem de Deus e a seguirem outros deuses ou outras pessoas.
Vejamos 7 das "profecias" de Joseph Smith Jr.:
a) Ele profetizou que Sião seria construída e estabelecida no Estado de Missouri, nos Estados Unidos, no continente norte-americano, e que Sião "não poderia cair, nem ser removida do seu lugar".
ESSA PROFECIA NÃO ACONTECEU NEM SE CUMPRIU, e não acontecerá nem se cumprirá, uma vez que, segundo a Bíblia, Sião terrestre é a cidade de Jerusalém, estabelecida em Israel, no continente eurasiano, e Sião celeste, conforme Hb 12.22-23, é "a Jerusalém celestial", é "a cidade do Deus vivo", é "a igreja dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus", é, em resumo, a santa cidade dos remidos!
b) "O Livro de Mórmon", originado das palavras do próprio Joseph Smith Júnior, fala que Jesus deveria nascer na cidade de Jerusalém, que seria a terra dos antepassados dos mórmons.
ESSA PROFECIA TAMBÉM NÃO ACONTECEU NEM SE CUMPRIU, pois a Bíblia diz, em Mq 5.2, que Jesus nasceria em "Belém Efrata", uma cidade pequena da Judéia, profecia bíblica que se cumpriu fielmente, conforme Mt 2.1, que revela que "Jesus nasceu em Belém da Judéia"!
c) Em 1835, Joseph Smith Jr. profetizou que, dali a 56 anos, isto é, em 1891, o Senhor Jesus voltaria à Terra.
ESSA PROFECIA TAMBÉM NÃO ACONTECEU NEM SE CUMPRIU, porque, como é claro, evidente e óbvio, o Senhor Jesus não voltou à Terra em 1891!
d) Segundo ele profetizou, "a Cidade Santa, a nova Jerusalém" (Ap 21.2,10) e "o templo nessa cidade" (Ap 21.22) seriam erigidos no Estado de Missouri, nos Estados Unidos da América, durante a geração em existência no ano de 1832.
Um dos apóstolos do mormonismo declarou, ostensivamente, que "Os Santos dos Últimos Dias esperam o cumprimento dessa profecia, durante a atual geração, assim como esperam que o sol nasça e se ponha amanhã. Por quê? Porque Deus não pode mentir. Ele cumprirá todas as Suas promessas.".
ESSA PROFECIA TAMBÉM NÃO ACONTECEU NEM SE CUMPRIU, porquanto, como é claro, evidente e óbvio, isso também não ocorreu!
e) "Os habitantes da Lua têm tamanho mais uniforme que os habitantes da Terra, têm cerca de 1,83m de altura. Vestem-se muito à moda dos quackers, e seu estilo é muito geral, com quase um tipo só de moda. Têm vida longa, chegando geralmente a quase mil anos.".
Evidentemente, Joseph Smith Jr. nunca sonhara que os homens, um dia, haveriam de chegar à Lua e verificar que lá não existe qualquer espécie de vida, visto que as condições de massa, de temperatura, de gravidade e de meios não permitem, na Lua, condições de vida semelhante à da Terra.
Logo, ESSA PROFECIA TAMBÉM NÃO ACONTECEU NEM SE CUMPRIU!
f) Ele profetizou que os seus inimigos seriam confundidos e destruídos, ao procurarem destruí-lo.
ESSA PROFECIA TAMBÉM NÃO ACONTECEU NEM SE CUMPRIU, visto que ele foi morto a bala, por seus inimigos, na prisão da cidade de Cartage, no Estado do Illinois, no dia 27 de junho de 1844!
g) Segundo ele profetizou, a sua casa na cidade de Nauvoo haveria de pertencer à sua família para sempre.
ESSA PROFECIA TAMBÉM NÃO ACONTECEU NEM SE CUMPRIU, tendo em vista que, após a sua morte, os mórmons deixaram Nauvoo e sua casa deixou de pertencer a qualquer um dos seus familiares!
As "profecias" de Smith Jr. concernentes a Sião, ao nascimento de Jesus, à volta do Senhor, à nova Jerusalém, ao templo da Cidade Santa, aos "habitantes da Lua", a seus inimigos e à sua casa em Nauvoo, tendo sido pesadas na balança da Palavra de Deus, foram achadas falsas, já que não aconteceram nem tiveram fiel cumprimento.
Assim, podemos declarar que JOSEPH SMITH JUNIOR ERA UM FALSO PROFETA.

6) As Principais Doutrinas do Mormonismo:
Como todas as demais, "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias" também possui suas doutrinas, doutrinas que são exóticas e antibíblicas. Vejamos 18 delas!

a) Um princípio de doutrina do mormonismo é que "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias" é a única igreja verdadeira e viva na face da Terra.

b) Outro princípio de doutrina do mormonismo é que fora de "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias", não há meio de salvação para os seres humanos.

c) Um terceiro princípio de doutrina é que só em "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias" podem ser encontradas todas as verdades que ajudarão o ser humano a voltar à presença de nosso Pai Celestial.

d) Um quarto princípio de doutrina é que só na verdadeira Igreja de Jesus Cristo, que é "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias", pode ser encontrada a autoridade para os seres humanos efetuarem as ordenanças necessárias do Evangelho. Ainda que admita crer nos "princípios e ordenanças do Evangelho", o mormonismo faz deles monopólio próprio.

e) "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias" também tem afirmado, quase desde a sua fundação, que ela está de posse de algo que nenhuma outra igreja afirma ter – os sacerdócios de Arão e de Melquisedeque. Esses sacerdócios são o fundamento do mormonismo.
Ora, o que a Bíblia diz, em Hebreus 7.3, 13-17, 20-24, 26-28, é que os sacerdotes araônicos ou levíticos, chamados "sumo-sacerdotes", ministravam como intermediários entre o povo de Israel e Deus, oferecendo sacrifícios de animais, e que o único sacerdote da ordem de Melquisedeque é o Filho de Deus, é o nosso Senhor, é Jesus, Aquele que vive para sempre.
Assim como a graça, que é a salvação mediante a fé em Jesus, suplantou e tomou o lugar da Lei mosaica, o sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque suplantou e tomou o lugar do sacerdócio araônico, abolindo-o definitivamente.
O mormonismo prega que o sacerdócio araônico é uma primeira etapa sacerdotal na vida de um membro de igreja, mas muito diferente disso o sacerdócio levítico é uma era já passada, na qual o antigo pacto entre Deus e os seres humanos foi substituído por outro – o pacto da graça.
E um fator importantíssimo com relação ao sacerdócio de Melquisedeque mencionado na Bíblia é que ele não é um sacerdócio de crentes, e sim, um sacerdócio apenas do Senhor Jesus, que é o único Mediador entre os seres humanos e Deus, como afirma 1 Tm 2.5: "Pois há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus.".
Na Bíblia, o verdadeiro sacerdócio dos crentes é mencionado em 1 Pe 2.9, que fala da responsabilidade de cada crente em Jesus de anunciar o Evangelho da salvação: "Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas d'Aquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz;".
Também Ap 1.5b-6 diz: "... Ele nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do Seu sangue, e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a Seu Deus e Pai. A Ele sejam glória e poder para todo o sempre! Amém.". Esse é o chamado "sacerdócio universal dos crentes".

f) "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias" é dirigida, hoje, por um profeta e doze apóstolos. De acordo com o que ela ensina, "esses treze homens receberam revelação de Deus, da mesma maneira que a receberam os apóstolos e profetas de outrora. Por meio da autoridade do sacerdócio, eles ensinam as verdades de Deus, efetuam Sua obra e dirigem Sua Igreja. E é somente pela autoridade desse sacerdócio que os mórmons falam e atuam em nome do Senhor, para a salvação da humanidade".
Um dos principais livros do mormonismo diz que "esse legítimo sacerdócio tem por objetivo auxiliar as pessoas, em todas as esferas da vida, espirituais ou temporais. Por isso, há nele divisões ou ofícios, cada uma com responsabilidade própria, para atender a um tipo de problema. Nas Escrituras, são mencionados dois sacerdócios, o de Melquisedeque e o de Arão ou levítico. Embora sejam dois sacerdócios, o de Melquisedeque engloba o araônico ou levítico; e, sendo superior, detém a mais alta autoridade do sacerdócio e as chaves do reino de Deus, em todas as eras do mundo, até à prosperidade final da Terra. Também é o canal pelo qual são revelados dos céus todo o conhecimento, doutrina, o plano da salvação e todas as questões importantes.".
Para os mórmons, a vocação ministerial só é legítima quando é evidenciada por parte do mormonismo.

g) Os mórmons creem numa vida anterior a esta – chamada de "existência pré-mortal" –, onde os seres têm de ser obedientes ao Pai celestial, porque, se não forem, são castigados, nascendo de cor escura.
Para os mórmons, "antes de nascerem, eles viviam com o seu Pai Celestial e eram seres individuais, criados à imagem de seu Pai. Em alguns aspectos, no entanto, não eram como Ele, pois o Pai já tinha progredido, espiritualmente, muito mais do que eles, que, inclusive, não possuíam um corpo tangível como Ele possui".
Para o mormonismo, "Deus, o Pai, é o modelo de perfeição a ser seguido por eles e o seu Pai celestial concedeu-lhes esta vida mortal para que eles tivessem oportunidade de se tornarem mais semelhantes ao Pai celeste. E, para que pudessem ser como Ele, o Pai preparou um plano que lhes permitiu vir à Terra.".
"Ao nascerem aqui na Terra, eles recebem um corpo físico, que é terreno, mortal e imperfeito, mas que é um passo para conseguirem um corpo imortal e perfeito como o de seu Pai. Esta vida também é um período de provas e de preparação. Como eles não se lembram da sua existência pré-mortal, aqui devem agir por meio da fé e passam provas e dificuldades que, ao superarem, lhes permitem desenvolver muitas virtudes das virtudes de seu Pai.".

h) Os mórmons creem, ainda, que, na existência futura, chegarão a ser deuses, iguais a Deus, pois acreditam que Deus já foi ser humano como nós, com dois filhos naturais de mulheres naturais, e que esses filhos são Lúcifer e Jesus.
O próprio Joseph Smith Jr., "profeta" e um dos organizadores de "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias", escreveu aquilo que, até hoje, é aceito como “As regras de fé de 'A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias'”, dentre as quais transcrevemos 3:

i) "Cremos que, por meio do sacrifício expiatório de Cristo, toda a humanidade pode ser salva pela obediência às leis e regras do Evangelho.".
CONCLUI-SE que a obra expiatória de Cristo tem significado bem diferente para o mormonismo.

j) "... cremos também ser 'O Livro de Mórmon' a Palavra de Deus".
CONCLUI-SE que, para os mórmons, a Bíblia é um livro imperfeito, precisando ser suplementada por "O Livro de Mórmon".

l) "Cremos ... que Sião será construída neste continente (o norte-americano); ...".
CONCLUI-SE que o mormonismo crê que, na manifestação de Cristo com grande poder e grande glória, a América do Norte, e não Israel, será a sede do governo milenial do Senhor.
Além dessas, é grande o volume de outras doutrinas defendidas pelos mórmons, como, por exemplo:

m) a respeito da Bíblia – "A Bíblia é a Palavra de Deus, escrita pelos homens. É básica no ensino mórmon. Mas os Santos dos Últimos Dias reconhecem que se introduziram erros nesta obra sagrada, devido à forma como este livro chegou até nós. Além do mais, consideramo-na incompleta como guia. Suplementando-a, os Santos dos Últimos Dias possuem três outros livros. Estes, como a Bíblia, constituem as obras-padrão da Igreja. São conhecidos como 'O Livro de Mórmon', 'Doutrina e Convênios' e 'A Pérola de Grande Valor'.".
Não obstante "O Livro de Mórmon" ser, até certo ponto, uma paráfrase (mal feita) da Bíblia, ele condena, textualmente, a Bíblia como um livro mutilado e eivado de erros que Satanás usa para escravizar os homens.
Isto é dito, textualmente, no Primeiro Livro de Néfi 13.28,29: "Vês, portanto, que depois de haver o livro passado pelas mãos da grande e abominável igreja, foram suprimidas muitas coisas claras e preciosas do livro, que é o livro do Cordeiro de Deus. E depois que essas coisas claras e preciosas foram suprimidas, ele propagou-se por todas as nações dos gentios; e depois de ter-se propagado por todas as nações dos gentios, sim, mesmo do outro lado das muitas águas que viste com os gentios que saíram do cativeiro, vês que – por causa das muitas coisas claras e preciosas que foram suprimidas do livro, que eram claras ao entendimento dos filhos dos homens segundo a clareza que existe no Cordeiro de Deus – por causa dessas coisas que foram suprimidas do Evangelho do Cordeiro, um grande número tropeça...".
CONCLUI-SE que, para o mormonismo, a Bíblia é um livro imperfeito, precisando ser suplementado por "O Livro de Mórmon", "Doutrina e Convênios" e "A Pérola de Grande Valor"!
MAS a Bíblia fala de si mesma, dentre outras qualidades, como sendo:
– inspirada por Deus (Jr 36.2; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21);
– perfeita (Sl 19.7; Rm 12.2);
– absolutamente digna de confiança (1 Rs 8.56; Mt 5.18; Lc 21.33);
– verdadeira (Sl 119.142); e
– poderosa em sua influência (Jr 5.14; Rm 1.16; Ef 6.17; Hb 4.12).
Também os escritos mais antigos dos "Pais da Igreja Apostólica", apoiados pelas descobertas arqueológicas mais recentes, provam que a Bíblia é um livro inalterável em conteúdo literário e, principalmente, em conteúdo espiritual.

n) a respeito da Pessoa de Deus – "Agora, ouvi, ó habitantes da Terra, judeus e gentios, santos e pecadores! Quando nosso Pai chegou ao jardim do Éden, entrou nele com um corpo celestial, e trouxe consigo Eva, uma de Suas esposas. Ele ajudou a organizar este mundo. Ele é Miguel, o Arcanjo, o Ancião de Dias, acerca de Quem santos homens têm escrito e falado – Ele é o nosso Pai e nosso Deus, e o único Deus com Quem devemos lidar.".
MAS a Bíblia afirma, entre outras coisas, que:
– Deus e Adão são pessoas distintas, pois Deus é o Criador (Gn 1.26), enquanto que Adão, como todos os seres humanos, é apenas uma criatura de Deus (Gn 1.27);
– Deus não é ser humano (Nm 23.19);
– Eva foi a mulher de Adão e foi criada por Deus no jardim do Éden (Gn 2.8,15,18,20b, 21-23; 3.20);
– Deus é Espírito (Jo 4.24); e
– Deus não é Miguel, o Arcanjo, porque Deus é o Criador, enquanto que Miguel, como todos os anjos, é somente uma criatura de Deus (Ne 9.6; Cl 1.16).
CONCLUI-SE que o Deus Pai do mormonismo não é o mesmo Deus Pai que a Bíblia revela!

o) a respeito da Pessoa de Cristo – "Jesus Cristo não foi gerado pelo Espírito Santo... Ele foi polígamo: Maria e Marta, as irmãs de Lázaro, eram suas esposas pluralistas, e Maria Madalena era outra. Também a festa nupcial de Caná da Galiléia onde Jesus transformou água em vinho, ocorreu durante um dos Seus casamentos.".
MAS, segundo a Bíblia:
– Jesus Cristo foi gerado por obra e graça do Espírito Santo (Lc 1.35); e
– Jesus e Seus discípulos foram convidados para um casamento em Caná da Galiléia (Jo 2.1,2).
Logo, dizer que Jesus era casado e que o casamento de Caná foi o Seu próprio casamento demonstra ignorância quanto ao conteúdo da Bí¬blia e, muito mais que isso, constitui-se num desrespeito abominável ao nosso Salvador!
CONCLUI-SE que o Cristo do mormonismo não é o mesmo Cristo que a Bíblia revela!

p) a respeito do castigo eterno – "... Não devemos dar uma interpretação particular a este termo; procuremos entender corretamente o seu significado. Castigo eterno é o castigo de Deus; sem fim é a punição de Deus; ou, em outras palavras, é o nome da punição que Deus inflige, sendo Ele Eterno em Sua natureza. Por isso, todos aqueles que recebem castigo de Deus, recebem um castigo eterno, dure este uma hora, um dia, uma semana, um ano ou uma era.".
MAS:
– se a interpretação mórmon quanto ao castigo dos pecados dos seres humanos fosse correta, então, a alegria e o regozijo dos salvos em Cristo Jesus também não seriam eternos no verdadeiro sentido da palavra;
– o profeta Daniel, afirma, em Dn 12.2, que os ressuscitados irão "uns para a vida eterna, outros para vergonha, para o desprezo eterno";
– Jesus declara, em Mt 18.8, que "é melhor entrar na vida mutilado ou aleijado do que, tendo as duas mãos ou os dois pés, ser lançado no fogo eterno" e, em Mt 25.41,46, que os ímpios irão "para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos", "irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna"; e
– Paulo diz, em 2 Ts 1.9, que os que não conhecem a Deus e não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor Jesus, "sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da majestade do Seu poder".
CONCLUI-SE que a pena do pecado do mormonismo é muito diferente daquilo que a Bíblia diz.

q) a respeito da Igreja de Cristo – "É evidente que a Igreja foi, literalmente, expulsa da Terra; nos primeiros dez séculos que se seguiram logo após o ministério de Cristo, a autoridade do sacerdote foi perdida dentre os seres humanos, e nenhum poder humano poderia restaurá-la. Mas o Senhor, em Sua misericórdia, providenciou o restabelecimento de Sua Igreja, nos últimos dias, e pela última vez... Foi já demonstrado que essa restauração foi efetuada pelo Senhor através do Profeta Joseph Smith.".
CONCLUI-SE que, para o mormonismo, a Igreja cristã fracassou, pelo que "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias", com toda a sua hierarquia, é, hoje, o único representante da verdadeira Igreja de Cristo!
MAS a Bíblia declara, entre outros ensinamentos sobre a Igreja, que:
– a Igreja foi estabelecida por Jesus (Mt 16.18);
– a Igreja está fundamentada em Jesus (Mt 16.16,18; 2 Pe 2.4-8);
– a Igreja é vitoriosa sobre o inferno, pelo poder de Jesus (Mt 16.18); e
– a Igreja será glorificada por Jesus (Rm 8.30).

r) a respeito do casamento – "O matrimônio, na teologia mórmon, é um contrato sagrado, ordenado divinamente. Sob a autoridade do sacerdócio, um homem e uma mulher são casados, não somente para essa vida, como maridos e esposas legais, mas, também, para a eternidade.".
Para os mórmons, o casamento e o relacionamento familiar não findam com a morte física. É um matrimônio eterno.
MAS:
– não obstante ser, verdadeiramente, aprovado por Deus, o casamento não é um sacramento divino, nem mesmo uma ordenança; e
– na eternidade, as pessoas, como explica Jesus, em Mt 22.30b, "não se casam nem se dão em casamento, mas são como os anjos no céu".
s) a respeito do batismo pelos mortos – "Temos aqui (Hb 6.1,2) a explicação de como as portas de sua prisão poderão ser abertas e eles postos em liberdade; pela crença do Evangelho, através do batismo pelos mortos. Os que ainda estão na carne fazem trabalho vicário para os seus mortos, e, assim, tornam-se 'salvadores do monte Sião!'.".
MAS
– a referência de Hb 6.2 à "instrução a respeito de batismos" se refere aos batismos diferentes com os quais os cristãos hebreus estavam familiarizados, como: o batismo judaico dos prosélitos, o batismo de arrependimento de João Batista e o batismo cristão ordenado por Jesus, em Mt 28.19;
– não existe qualquer referência na Bíblia nem na história da Igreja cristã quanto ao batismo pelos mortos como uma prática eclesiástica, mesmo porque esse tipo de batismo era praticado pelos pagãos; e
– em 1Co 15.29, a referência do apóstolo Paulo ao "batismo pelos mortos" é feita com relação àqueles que negavam a possibilidade da ressurreição dos mortos, contudo ensinavam sobre esse tipo de batismo.

Fontes: a) "Doutrina e Convênios". b) "A Pérola de Grande Valor". c) "História de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias". d) "O Livro de Mórmon".


Vera M. S. Mattos é cristã reformada. Membro da Igreja Presbiteriana das Américas, na cidade do Rio de Janeiro/RJ. Professora (de língua portuguesa, estudo bíblico e teologia). Escritora. Bacharel e licenciada em Português e Literatura da Língua Portuguesa. Bacharel, mestre e doutora em Teologia.

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1 comentários:

  1. Ler Gênesis 6:6, Números 23:19, Amós 3:7, Ezequiel cap 37, e as regras de fé, que não podem deixar de fazer parte de sua obra, pois ai ela se tornará imparcial.

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